PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA

Periodização da História (isto é, a divisão da história da humanidade em fases), é objeto de controvérsia. Considerando que pode haver tantas divisões possíveis quanto houver pontos-de-vista culturais, etnográficos e ideológicos, não há como definir um único padrão de períodos. No entanto, algumas mudanças fundamentais na política, na tecnologia, nas ciências, nas artes e na filosofia são geralmente usadas como consenso para definir diferentes estágios históricos.

Uma periodização comumente usada pela historiografia ocidental, baseada em grandes marcos de mudança de poder na geopolítica européia, é a seguinte:

Da vida do homem em terra, 98% compõem o que se convencionou chamar Pré-História. Os 2% restantes são a história propriamente dita. Esta divisão é convencional e tem caráter didático, pois as mudanças ocorridas de um período para outro se estenderam por um largo período de tempo, e de forma gradual, onde não existe rompimento abrupto, como visto nos livros didáticos, onde numa página se lê "fim da Idade Média" e na página seguinte "início da Idade Moderna".

Ademais, por exemplo, os modos de produção de um péríodo se misturam com o seguinte, ou com o anterior. Factos históricos, destacados, são tomados como marcos para separar as idades da história, delimitações, hoje, muito questionadas pelos professores e estudiosos. Por exemplo, uma nova era pode estar começando hoje, já ter começado a alguns anos, ou vir a acontecer daqui a alguns anos?

Ninguém sabe responder a essa pergunta, na mesma proporção que não se pode ter certeza da eficiência da divisão atual: conforme as eras vão ficando mais recentes, elas vão ficando menores, e nessa tendência chegará um dia em que o sistema inteiro precisará ser revisto.

Mas o que mais atrapalha na precisão histórica é a própria destruição dos registros históricos, como por exemplo, na Biblioteca de Alexandria (a maior biblioteca do mundo da Idade Antiga foi queimada durante a invasão islâmica) ou na de Lisboa (destruída durante o terremoto). Não é difícil imaginar que parte da chave daquilo que aconteceu na antiguidade ficou distorcida para sempre, e que muita coisa que existe atualmente ainda não tem uma explicação histórica (como por exemplo, quem realmente inventou a bússola? Quem realmente descobriu o Brasil? Quantos livros Pitágoras publicou de fato?). Assim, chega-se à conclusão de que não sabemos realmente o que aconteceu.

Do ponto de vista europeu, a História se divide em quatro grandes períodos:

Idade Antiga

Está estreitamente ligada ao Oriente. Lá florescem as primeiras civilizações, sobretudo na chamada "Zona do Crescente Fértil", que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do EgitoPalestinaMesopotâmiaIrã e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicasGréciaRomaOcidente. Vai do aparecimento da escrita (3500 a.C.) até a Queda do Império Romano Ocidental em 476. Caracterizou-se pelo Escravismo

Idade Média

Compreende o espaço de dez séculos decorridos entre a Queda do Império Romano do Ocidente e a Queda do Império Romano do Oriente em 1453 (tomada de Constatinopla). Sistema que a caracterizou: o Feudalismo.

Idade Moderna

Começa em fins do século XV com a invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento, e vai até a Revolução Francesa de 1789. Com ela nasceu o Capitalismo. Aqui aparecem os Estados nacionais e os reis recuperando os poderes que tinham perdido no Feudalismo, tornando-se senhores absolutos de suas nações.

Idade Contemporânea

Vai da Revolução Francesa até os nossos dias. Verifica-se o grande avanço da técnica e os conflitos de grandes proporções. O pós-guerra se caracteriza pelaGuerra Fria do Capitalismo com o Socialismo. E a partir de 1989, uma série de ocorrências político-ideológicas no leste europeu.

FONTE: http://www.bussolaescolar.com.br/historia_geral/periodizacao_da_historia.htm

 

QUESTÃO

Exemplifique três possibilidades de periodizações alternativas ao padrão europeu predominante nos estudos históricos: